- Gabriel
- há 7 horas
- 12 min de leitura

Estava ponderando entre comentários e replies em uma boa discussão que vi na web esses dias - sim, elas não só existem como merecem um parênteses, abaixo
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(parênteses)
Por favor, repense a cada vez que você foi fazer uma queixa genérica, remetida ao cosmos, sobre a suposta 'baixa' ou 'deprimente' qualidade do que se vê nas redes sociais: salvo questões de direcionamento explícito de plataformas - mais ou menos rente ao que vou expor nesse texto - você escolhe a) quem/o que você 'segue' e, especialmente, principalmente, retumbantemente, b) quem/o que você elege para o que vai dar muita bola e com que gastar muita energia.
Sei lá, você não é uma vitima 100% alheia e sem agência - vide especialmente item b)
<parênteses, fim do\>
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(outro - mini - parênteses)
Estou estudando textos de Nick Land para um projeto que quando "vier aí" eu conto mais sobre.
Por hora basta saber que: 1) é um verme 2) meu intuito é utilizar ele como ponto de crítica e 3) negar que em algum momento ele fez boa filosofia, teve ótimos e originais insights e tem/tinha conteúdo seria simplesmente mentira e despeito - tem a ver com o que virá nesse texto, da mesma forma, só queria pontuar.
<idem/>
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Então, as redes:
Era uma discussão sobre a hipocrisia da mentalidade conservadora-neopentecostal em criticar todo e qualquer pedaço do Oriente Médio fora das fronteiras israelenses (em um símbolo dessa união cabulosa entre evangélicos de show-church com o sionismo old money brasileiro) como um lugar que despreza e aniquila minorias como a população LGBTQIA+ e subjuga mulheres, quando essas são as próprias plataformas dessa gente. Disso resulta tanto uma 'defesa' de ocasião das liberdades que não serve de fato para modificar nada em relação a elas, senão que para atacar outras categorias eventuais (ex: islâmicos) de forma difusa.
Aí poderia residir um bom começo de uma discussão de 'apartar', como quem filtra, discurso - sujeito discursante, emissor - bravata ou mesmo a tão combalida ladainha da separação entre "autor e obra". O problema é que, essa última, parece só existir (e: na exclusiva forma de ladainha) em um (único) caso, em um (único) contexto, em relação a uma autora e uma (única) obra. E aqui começam nossos problemas.
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É por não aguentar mais esse papo remansoso que tenta morder a própria cauda, em looping que eu retomo uma fórmula que eu já publicizei, aqui e ali - simbolizado em três perguntas (e alguns adendos):
É simples, e é assim: o autor(a) de quem você fala - primeira pergunta - é famoso(a) por quê? Sim, porque se estamos diante de alguém que simplesmente 'tem opiniões' que vão do babaca light ao constrangedor nível morte, talvez sua obra não seja símbolo nem estandarte das mesmas nem de algum outro cavalo de batalha canhestro que a pessoa tenha consigo.
Vejam o caso do cara já semi-calvo - na alma, o que é pior do que ser careca, no sentido material, o que não tem nenhum problema - que chega ao vale sinistro entre os 40 e 50 ainda curtindo muito as canções pré-adolescentes do Ultraje a Rigor - a banda que virou animadora orgulhosa de auditório de um fascista, Raimundos - um símbolo do ressentimento infantilóide loser-incel encarnado pelo vocalista Digão ou, até há pouco, admirando o Lobão - um sujeito que abriu mão de um portfólio de respeito para terminar rejeitado até pelo olavismo. Por que você fala nesses três nomes hoje em dia? É mais por alguma idiotice proferida por algum deles em algum mesa-cast, ou post, certo? Mais do que por lembrar de alguma canção ou ter visto alguma apresentação, isso? Bem, aí está um indicativo - e um guia.
Fagner, um bom exemplo (pelo simples fato de que eu gosto dele e esse blog é meu): fez campanha anti-petista sempre que pode, desde que o mundo é mundo (embora haja controvérsias se era mais um dos 'arrependidos' na última eleição), mas não vemos sua música ser cooptada nem ele tratando de colocar esse tipo de coisa antes dela. É um cantor - e talvez você sequer soubesse de seu viés eleitoral antes de ler isso. Quem fala dele (alguém ainda fala?) o recorda como músico. E só. Outro guia (PS: sim, sei da rivalidade com o Belchior, e prefiro imensamente o Belchior, mas não vem ao caso).
Há quem você simplesmente não possa - por uma questão de imponência e influência do conteúdo - simplesmente fingir que não existiram: quando se fala na filosofia de Heidegger ou nas ideias jurídico-políticas de Carl Schmitt, por exemplo, você está falando (no caso do primeiro) de alguém que aderiu ao Partido Nazista na época de sua ascensão e/ou de alguém (no caso do segundo) que teve um papel ativo na burocracia e nos altos escalões administrativos alemães no período (e até 'adaptou' sua teoria e suas lições para dançar conforme a música). Ambas obras são incontornáveis em seus nichos de pesquisa e basicamente marcaram tudo o que veio depois, quando não se oferecem como um ponto na estrada dos debates afins de onde não se pode passar sem pagar algum tipo de pedágio. Eles se colocam obrigatoriamente como um "tópico" - nem que seja para ser objeto de crítica (embora a magnitude e a influência de seus pensamentos fazem com que haja um paradoxo, eis que se você acha que eles seriam um mero saco de pancada do ponto de vista moral do que algo a considerar 'atravessar' ou 'enfrentar', você possivelmente está errando). É um pouco mais difícil no caso de Schmitt e sua ostensividade, mas é perfeitamente possível falar de Heidegger (não que eu goste) sem esbarrar francamente nesse fato sinistro (ainda que momentâneo) de sua biografia (não que eu queira).
Não neutralizei o Caetano Veloso da minha vida nem depois daquela manifestação ridícula de apoio ao "Juiz Bretas", não vai ser agora que ele perde cinco minutos sofridos de seu show atual com aquela dureza de música ruim de culto. Nem em relação a todos os posicionamentos errados e meio cringe que já teve (e, sabemos, como dois e dois, que ainda lhe restam alguns anos para ter mais outros). Quando se fala dele, não se perde em nada ao passar por cima desse tipo de coisa.
Ou seja: não procure pelo em ovo. Alguns até tem, mas, assim, mesmo? Esse desgaste todo? O que é maior, aqui?
Ou seja: há gente com equívocos simplesmente superáveis ou desprezíveis, e outros onde é possível (ou há que se) separar obras ou fases, tranquilamente.
O que a pessoa efetivamente faz - segunda pergunta - com a sua vida e sua obra - e os cruzamentos entre ambas? Uma importa para a outra de forma crucial?
É perfeitamente possível acusar Roberto Carlos e a maior parte dos integrantes da infame "jovem guarda" de serem frouxos perigosamente alienados entre o mau-caratismo e a tolice. O próprio "Rei" por várias vezes já se declarou "de direita". Mas: ele estampa campanhas e mete seu capital e sua cara nesse tipo de pataquada expressa? Os motivos para alguém gostar dele - e/ou aqueles para alguém desgostar - não passam primeiro (ou quase exclusivamente) pelo seu style do que por outras coisas de sua vida intelectual e pessoal que até hoje são meio nebulosas? Ou seja: tranquilo, em meu ver, achar a pessoa péssima e a obra massa.
(E veja bem, não peço arrego, salvo conduto, nem que você dê uma chance para escutar o "Rei", apenas lembro que: 49% do Brasil votou em Bolsonaro em 2022. Você odeia, odeia mesmo, odeia-raiz, todos esses? Não há contemporização para ninguém? Isso é tudo o que importa? Dependendo você está falando com uma boa porcentagem das pessoas que faz parte da sua vida. Você vive mentindo, então?).
Ney Matogrosso - que pode ser tachado de qualquer coisa (literalmente, eis que um dos motes de seu trabalho) - menos de burro, fascista, conservador ou qualquer outro epíteto desse tipo já escutou muito por ter declarado uma vez que, desgostoso com os rumos do país pós "Mensalão", não havia apoiado o PT em uma eleição presidencial dentre as últimas (creio que a de 2014). Igualmente, "escutou" porque lançou certa vez uma conversinha liberalóide, meio 'Morgan Freeman", de que não queria "rótulos" - de gay, por exemplo - porque era "uma pessoa" que não queria ostentar definições e bandeiras - mandaram ele "ler Judith Butler", no Facebook.
É sério que você - em um debate como esse - considera Ney Matogrosso alguém que (a) não tem cadeira cativa ao seu lado e (b) alguém que precisa provar algo em termos de afirmação sexual e/ou alguém que (c) eventualmente não tem legitimidade para dizer algo que não bate 100% com o que você esperava?
(Daí vem outro problema contemporâneo dos Enzos que basicamente choram diante de nuances e divergências - mas isso é outro capítulo)
O conservadorismo machão meio redneck (ainda que californiano) do Metallica é na maioria das vezes inócuo (ainda que aqueles papos da cobrinha ancap e algumas mensagens nas músicas sejam curiosos e engraçados símbolos de uma tentativa de politização chinfrim e meio pueril), bem como o é o tom quadrado e cafona adotado nas falas dos membros do The Who (que certa vez diziam que esperavam morrer antes de ficarem velhos - risos). Dá para separar, simplesmente, não fará mal a uma mosca - e não, você não quer ficar embretado nessa mosca purista que inviabilizaria muita coisa ao nível paranoico.
Lemmy, do Motorhead, em um documentário sobre sua vida, que leva seu nome (2010), exibe, e comenta com ênfase sobre, sua coleção de memorabilia das grandes guerras (temas bastante explorados pela banda, inclusive). Bandeiras com a suástica (entre outras, bem verdade) causam imenso desconforto em quem assiste o filme, bem como a sequência meio patética em que ele vestido de soldado alemão vai visitar um sítio onde é possível passear com tanques de guerra. A fraquíssima (e bem confusa) desculpa esfarrapada que ele dá, argumentando que "se o exército de Israel tivesse os uniformes mais legais, ele iria colecionar eles como faz com os alemães" e que "ele, caso fosse nazista, seria o mais incongruente de todos, dado que já teve seis namoradas negras" é penosa de engolir. Mas, melhor ficar com outras evidências inegáveis: ao olhar para quem é esse sujeito, como levou a vida, de que forma se postou cotidianamente, e o que ele deixa de legado, talvez possamos crer que um legítimo representante dessa turma aí veria nele um inimigo e um opositor (inclusive estético). Gosto de Motorhead, mas em minha opinião, convém dar uma 'separada', sim, se querem saber.
Ok, Gabriel, "e o ator/diretor aquele (lato senso) que foi condenado por estupro, ontem?" Bem: se um cirurgião for condenado por estupro os pontos das cicatrizes de todas suas intervenções de qualidade anteriores não se abrem automaticamente. O que já está feito não pode ser retroagido à moda orwelliana. Talvez você deva querer esse sujeito punido criminalmente e talvez seja constrangedor para a gente ter que aduzir uma nota de rodapé a cada vez que mencionamos aquela obra prima (ou aquela cicatrização que nem se nota). Talvez tenhamos que propositalmente extinguir o prestígio que iremos conferir ao sujeito, mas lembre-se que é bem diferente admirar um trabalho já realizado em um contexto anterior, de passar por cima de coisas aterradoras para admirar um trabalho em curso ou futuro (o que não é fácil em relação a pessoas que operam com o prestígio como um fator essencial). O terreno aqui muda de lugar: a discussão não é entre autor versus (vida e) obra e sim aquela sobre que tipo de chances merecem os condenados frente ao teor de suas penas e crimes praticados e como lidar com isso. A obra segue lá, e segue genial, não sendo necessário negar infantilmente isso, mas, igualmente, não sendo necessário ficar jogando confete a esmo para canalhas.
Terceira - e quase última pergunta - quando há mescla efetiva e proposital entre vida e obra, tem como argumentar algo?
Alguém como Puff Daddy é intrinsecamente inseparável de ficar tagarelando sobre um estilo de vida que basicamente é o único assunto que possui e a única coisa da qual se (retro)alimenta. Ao saber que na materialização disso, entravam no pacote aliciamentos e estupros como parte das "atrações" de uma "grande festa ininterrupta", talvez seja o caso de dar adeus às canções (existem?) ou às produções que você admira(va) (oi?) em relação ao rapper (sic.).
Mas, já que falávamos em suásticas e iconografias quetais:
Caso mais agudo é o de Kanye West - de quem graças a deus, juntamente com Morrissey, nunca fui fã e não precisei 'abandonar' nem 'cortar na carne' nada pelas cretinices onde se enfiam (dois problemas a menos): sua excentricidade era motor criativo e virou um caos tragicômico e psiquiátrico e não me parece possível de sustentar sua diatribe nazista como 'loucurinhas trendy' de um malvado favorito fazendo style (coisa que alguém insuspeito nesse viés, como David Bowie, certa vez fez - deixando claro que estava fazendo um comentário-crítica-performance vivendo uma persona - o que acho bastante infeliz, mas compreendo como proposta).
Erza Pound tem todo um cabedal magnânimo que o faz um cânone gigantesco da poesia no mundo, sendo uma espécie de divisor de águas antes de, digamos, pirar absolutamente na década de 20 do século passado, se mudar para a Itália, virar um dos maiores difusores de propaganda fascista de que se tem notícia e embarcar com fulgor em toda e qualquer oportunidade de engrossar seu rol de adesões políticas grotescas com tudo o que estava nessa gaveta. Há, hoje, grupos supremacistas que o honram e levam seu nome. Provavelmente é possível absorver o que Pound fez até esse momento sem estar 'contaminado', mas ao contrário do que se disse aqui quanto a outros, talvez seja até inconveniente querer 'separar' algo em relação a alguém que morreu convicto e orgulhoso de ser um símbolo da idiotice, mais do que qualquer outra coisa que tenha feito. Ele que se enterre no buraco que passou a maior parte da vida cavando. Tem mais poesia por aí.
Hoje em dia algumas personalidades internéticas (e apesar de músico consagrado, isso aqui cabe para Kanye) basicamente não apenas não se diferenciam nesse quesito como, ao contrário, sua fonte de renda é uma curiosa junção (quando não transposição pura e simples) de sua vida cotidiana para uma tradução publicista de 'conteúdo'. Não creio que haja como promover qualquer tentativa de separação entre alguém cuja vida em si é sua 'produção' da mesma em sentido material. Aqui não há persona - ou só há, o que dá num estranho mesmo.
Lembre-se que tem quem goste (e como tem) de influencers, podcasters, YouTubers, comediantes - e outros - justamente pela canalhice que eles promovem. Ela é o seu meio de transporte. Não há porque perder tempo procurando 'separar' nada de casos extremados que sequer o querem - e sequer se importam com o que você está achando (quando não usam isso como combustível para a engenhoca). Melhore seu gosto pessoal.
ADENDO N. 1 - a senhora do Harry Potter:
Bem. Há uma mulher que usa a fortuna que descobriu como petróleo no quintal oriunda de todos os royalties de um universo inventado de sua cachola para ostensivamente diminuir pessoas, deslegitimar pessoas, agredir pessoas e tentar varrer da face da terra pessoas por uma discordância de vivificação de gênero e orientação sexual. Pelo amor de deus. Ela afirma que usa - e usará - seu dinheiro para isso. Não há nuances nem dúvidas. Acho (e só acho) que parar de fazer qualquer coisa que renda dividendos vindouros para uma asquerosa como essa é algo sem discussão e que precisa ser imediato.
Daí vem o Adendo do Adendo: você, assim, quem sabe, tipo, só sugestão, viu?, que, porventura, talvez, argumente que é 'muito difícil' parar de consumir mais e mais elementos relativos a essa "franquia', para além da questão da memória afetiva e preferências pessoais, não acha que é meio demasiado lastrear toda sua personalidade em torno de um punhado de livros e filmes que marcaram uma etapa da sua vida (de fato), mas que estariam causando um entrave ético e psíquico? Em outras palavras, um pouco mais duras: vamos superar essa merda de uma vez?
A boa notícia é que tudo que "Harry Potter" eventualmente tenha dado a você continua lá. Agora, sinceramente: trabalhar como se o mundo lhe devesse algo - tal e qual uma indenização - por você ter que perder "o chão" ao dar às costas ao "bruxinho" e seus amigos não é um pouco demasiado, como se preferências, ícones e imagéticas não pudessem (e não, por vezes: devessem) morrer como plantas e até pessoas? "Tudo passa", diz a tatuagem no pescoço do Neymar.
Não se preocupem com discriminação com os candidatos a alunos de Hogwarts: vale tudo o que eu disse para Star Wars, "bonecos Marvel" e toda e qualquer coisa que as pessoas parecem não saber simplesmente curtir/fruir sem que aquilo vire um core religioso hipnotizante. Você 'gosta' das coisas, as ama, mas não lhes 'deve' sua vida.
ADENDO N. 2
Esses dias, também, postaram no Bluesky (a título de galhofa) um anúncio desses - moda antiga - recrutando instrumentistas para uma banda de rock que traria influências e cuja proposta seria algo como "ser um Rage Against The Machine" mas com o "intuito de propagar as ideias do liberalismo e do anarco capitalismo". Bem. Não é preciso dizer que quando a obra é nada mais do que um panfleto para o autor, ela é geneticamente ruim.
Sem comparações alarmistas e bobas com o exemplo ridículo acima, mas é impossível que as pessoas falem nesse assunto e não lembrem de um binômio fascinante que é o quão são chatas e sonolentas as músicas-discurso-óbvios-ululantes do rebelde e "extremista" de esquerda Roger Waters em sua carreira solo, bem como são enfadonhas e caricatas as músicas de elevador do que restou do Pink Floyd chefiado pelo bastião neoliberal David Gilmour. Juntos, eram sublimes (e não, não venham dizer em uma análise retroativa que sempre gostaram da banda apenas pela verve e postura de Waters - está provado que ele sozinho é um avião de uma só asa).
Do mesmo modo, a leva de artistas que surgiu no (e parece ter sido drenada pelo) limbo do ForaTemerCore é pavorosamente chata: darling, adoro seu posicionamento e conto com seu voto na urna, mas não me peça para ir em seu show se além daquela postagem linda falando coisas como "minha corpa" ou mandando o dedo para candidatos do PL, você não tem talento e inventividade para me oferecer. "Ser de esquerda" (de modo altamente amplo) ou "ter Feito o L" não pode ser seu exclusivo background, né?
UM LIVRO: ---------------- (Fanged Noumena, do Nick Land, mas avisei - ou quase - o porquê)
UM FILME: "The Shrouds" o novo do Cronenberg é: ruim. Simples assim. Demorado, burocrático, sem carisma e com tensões gráficas e sexuais não-excitantes e sem carisma nenhum. Bem diferente do que o diretor sempre entrega (há inclusive referências/alusões/cópias requentadas de momentos de Crash - 1996 - que não funcionam senão como citação meio sem inspiração: veja a cena da transa entre Vincent Cassel e Diane Kruger e a cicatriz constantemente ostentada por ao menos duas atrizes no filme).
UM DISCO: "I quit", uma coisa meio música de rádio comercial, meio tentativa de pop chiclete, meio anos 90, atingindo alguns despenhadeiros quase 'Revista Capricho". As irmãs Haim podiam mais (embora haja momentos joia).